O jogo baseado no filme Jumper


Lançado em 2008, Jumper: Griffin’s Story é o jogo oficial inspirado no filme Jumper, estrelado por Hayden Christensen e Samuel L. Jackson. Desenvolvido pela Redtribe e publicado pela Brash Entertainment, o jogo foi lançado para PlayStation 2, Xbox 360 e Wii, com versões que compartilham a mesma história, mas diferenças técnicas e de jogabilidade entre as plataformas.


Apesar de ser baseado no filme, o jogo não reconta exatamente os mesmos acontecimentos da produção cinematográfica. Em vez de seguir a história de David Rice, o protagonista do filme, o jogador controla Griffin, outro “Jumper” — humanos com a habilidade de se teletransportar instantaneamente para qualquer lugar que já tenham visto. Griffin é um personagem coadjuvante no filme, interpretado por Jamie Bell, mas no jogo ele assume o papel principal, e a história foca em sua busca por vingança contra os Paladinos, uma organização secreta que caça pessoas com seus poderes de teletransporte.

A narrativa do jogo se passa em vários locais ao redor do mundo, incluindo o Egito, Roma e Tóquio. Cada fase coloca o jogador em combates contra os agentes dos Paladinos, com cenários repletos de portais de teletransporte que podem ser usados tanto para atacar quanto para escapar. O sistema de teletransporte é o grande destaque da jogabilidade: Griffin pode se mover rapidamente pelo campo de batalha, aparecendo atrás dos inimigos ou jogando-os contra paredes e obstáculos.

Os combates são em terceira pessoa e misturam golpes corpo a corpo com o uso criativo do teletransporte. O jogador pode combinar ataques rápidos e teletransportes sucessivos para realizar combos impressionantes, o que torna as lutas mais dinâmicas. No entanto, apesar da boa ideia, muitos críticos apontaram que o sistema se tornava repetitivo com o tempo, já que o jogo não apresentava muita variedade de inimigos ou objetivos.

Visualmente, Jumper: Griffin’s Story entrega gráficos típicos do início da geração do Xbox 360 e PS2, com cenários simples, mas que tentam reproduzir a ambientação global do filme. A trilha sonora e os efeitos sonoros ajudam a reforçar o clima de ação e perseguição, embora o título tenha sido considerado curto — podendo ser concluído em poucas horas.

Um detalhe interessante é que a história do jogo foi desenvolvida em parceria com a equipe do filme, servindo como uma expansão do universo cinematográfico. Ela aprofunda o passado de Griffin e mostra eventos que não aparecem no longa, funcionando quase como uma história paralela ou prelúdio. Isso fez com que o jogo tivesse certo valor para os fãs que queriam entender melhor o personagem e o conflito entre os Jumpers e os Paladinos.

Na época do lançamento, Jumper: Griffin’s Story recebeu críticas mistas e negativas. O principal motivo foi a curta duração e a jogabilidade repetitiva, embora muitos reconhecessem que a ideia do teletransporte era original e tinha potencial. Ainda assim, o jogo acabou se tornando uma curiosidade entre os títulos baseados em filmes, especialmente por sua proposta de ampliar o universo de Jumper de maneira independente.

Hoje, Jumper: Griffin’s Story é lembrado como um exemplo clássico dos jogos de filme da geração PS2 e Xbox 360 — um título com boas intenções, uma mecânica interessante, mas execução limitada. Mesmo com suas falhas, ele tem valor histórico por tentar transformar o conceito de teletransporte em algo jogável, e por explorar um universo de ficção científica que, apesar de promissor, acabou sendo pouco aproveitado no cinema e nos videogames.

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