Review do jogo GTA: Vice City


GTA: Vice City é um jogo que sempre me chamou muita atenção. Ao meu ver, o clima anos 80 desse jogo é o mais gostoso de se jogar em toda a franquia. Os visuais assumindo cores vibrantes, como o rosa em vários elementos e a polícia usando verde e branco, tornam esse GTA bem único. Vale ressaltar que este jogo se passa cronologicamente após GTA: Vice City Stories, então recomendo jogá-lo logo depois dele para uma experiência mais completa e imersiva. É muito bacana fazer comparações entre os mapas e personagens de ambos os jogos, identificando o que mudou e o que permaneceu.

Tive o prazer de finalizar GTA: Vice City pela segunda vez na minha vida no meu canal no YouTube, em uma série completa legendada em PT-BR. Já no início, o jogo mostra a que veio: no primeiro veículo que você dirige, já toca uma música do Michael Jackson na rádio, e as luzes neon espalhadas pelos cenários te colocam imediatamente nos anos 80. Falando em música, elas são um espetáculo à parte — menção especial à rádio Flash FM, que é divertidíssima de ouvir. A trilha sonora torna as idas e vindas pelas ruas até chegar às missões muito divertidas. 


Muitas missões são criativas e engraçadas, e o jogo te pega de surpresa em vários momentos. Também não faltam momentos cômicos, como quando tiram sarro da roupa do Tommy Vercetti, protagonista do jogo. O mapa é muito bem explorado pelas missões, e o jogo destaca bastante o uso das motos, algo que não existia em GTA 3 nem nos anteriores — parece que a Rockstar queria realmente apresentar essa novidade com orgulho.

Algo bem diferente em Vice City é que o jogo não possui tantas missões principais. Basicamente, metade do conteúdo é formado pelas missões de propriedades. Isso significa que é necessário acumular dinheiro para comprar negócios como a Boate Malibu, a companhia de táxi e a concessionária de carros. Essas propriedades espalhadas pelo mapa dão missões próprias, e algumas delas são obrigatórias para liberar as duas últimas missões principais da história. As clássicas missões de telefone, já presentes nos jogos anteriores, também aparecem aqui, trazendo assassinatos bem marcantes.

No geral, as missões não são tão complicadas em dificuldade; tive muito mais dificuldade em outros GTAs da era PS2. Ainda assim, existem algumas que se destacam, como as dos veículos de controle remoto — o helicóptero e o avião — mas com calma dá pra concluir. Um ponto que às vezes frustra é o fato de Tommy não saber nadar. Cair na água significa morte certa, com a vida descendo até zerar. Outro aspecto que vale comentar é que a polícia não é muito eficiente: basicamente, basta evitar que eles abram a porta do seu carro, pois se isso acontecer você é preso na hora, mas fora isso eles atrapalham pouco.

O mapa tem pontos de interesse bem localizados, como as lojas de armas e os locais para pintar e reparar o carro. Essa é uma das coisas mais positivas do jogo: é fácil gravar tudo de cabeça. Vice City é daqueles jogos em que só andar pela cidade já é uma experiência divertida. E você ainda é agraciado com um protagonista forte, divertido e decidido no que quer, além de antagonistas marcantes, muitos deles inesquecíveis — como Lance Vance, irmão de Victor Vance (protagonista de Vice City Stories), e Ricardo Diaz, um chefão do crime com temperamento explosivo.

Por fim, GTA: Vice City é verdadeiramente um GTA muito especial, e não é à toa que até hoje é o favorito de muita gente. Boa parte da expectativa para GTA 6 vem justamente da chance de voltar a Vice City e ser abraçado novamente por esse mundo. Diria que a única coisa em que ele perde para o GTA: San Andreas é na quantidade de conteúdo, porque no resto ele beira a perfeição. É um jogaço da era do PS2 que merece muita atenção e vale demais a pena jogar.

Nota final: 9/10

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