Harry Potter e a Ordem da Fênix é o quinto jogo da franquia e, apesar de ter saído para diversas plataformas, como o PS2, eu joguei a versão de PC. A primeira coisa que me chamou atenção é que o grande protagonista dessa experiência é, sem dúvidas, Hogwarts. O castelo está gigantesco, extremamente detalhado, e com uma ambientação que nunca esteve tão viva. Ir de uma ponta a outra demora bastante, e elementos como a escadaria principal ganharam vida, com quadros que interagem com os personagens e tornam a experiência muito mais imersiva.
Os gráficos evoluíram bastante, e há uma sala secreta da Murta Que Geme que se desbloqueia aos poucos com pontos extras. Nessa sala, estão disponíveis diversos conteúdos bônus, incluindo entrevistas com os desenvolvedores e atores que participaram do jogo. Em uma dessas entrevistas, é dito que cerca de 20 atores reais foram usados na produção, tanto para captura de rosto e movimentos quanto para as vozes. Isso fez com que os personagens ficassem muito parecidos com os dos filmes, pois foram modelados diretamente a partir dos próprios atores. Eles mesmos afirmam que o jogo se parece muito com os sets de filmagem e que isso fazia com que se lembrassem de momentos reais das gravações dos filmes.
O jogo é grande, divertido e recheado de conteúdos extras. Um dos maiores destaques é a interação com objetos espalhados por todo o castelo, e também a nova mecânica de magias, onde cada feitiço é lançado de acordo com um movimento específico do analógico direito. Isso muda completamente a forma de jogar em comparação aos jogos anteriores, que usavam botões fixos ou feitiços automáticos. Agora é preciso memorizar os gestos para cada magia, o que torna o uso muito mais envolvente e recompensador.
Além das áreas internas de Hogwarts, também é possível explorar locais icônicos como o Relógio, o exterior da Cabana do Hagrid e o Corujal, que ficam mais afastados, mas ainda assim são bem detalhados. Algo que engrandeceu ainda mais minha experiência foi o fato da versão de PC ter recebido uma dublagem oficial em português do Brasil, o que deixou tudo mais imersivo. Joguei o game em sequência com os outros da franquia no meu canal do YouTube, e até agora, esse foi o melhor jogo da saga.
A jogabilidade é excelente, principalmente no que diz respeito às magias com o analógico, que é extremamente divertido. Apesar de tudo isso, a câmera continua sendo um problema crônico da franquia. Em vários momentos ela atrapalha, causa dificuldade para se locomover e, pior, em algumas cutscenes os personagens sequer aparecem ou não ficam bem centralizados, comprometendo a experiência narrativa. Outro ponto de leve frustração está nas pegadas que guiam o jogador até as missões: elas nem sempre funcionam com precisão e causam certa confusão, especialmente considerando o tamanho gigantesco de Hogwarts.
As músicas são outro ponto altíssimo do jogo. Pela primeira vez na franquia, o game usa trilhas licenciadas diretamente dos filmes. Em um dos conteúdos bônus da sala da Murta Que Geme, é revelado que uma orquestra foi contratada para gravar essas faixas, o que deixa tudo mais épico. A trilha sonora varia dependendo do local ou do que está acontecendo, contribuindo bastante com o clima.
Outro detalhe muito bacana é a interação do Harry com vários alunos da escola. Como os atores reais foram usados como base, a imersão é ainda maior. Isso passa a sensação de que estamos realmente dentro do universo dos filmes. Sem dúvidas, Harry Potter e a Ordem da Fênix é um jogo que vale a pena até hoje, e que mostra como a franquia evoluiu com o tempo.
Nota final: 7,5/10
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