Hulk (2003) é mais um daqueles jogos baseados em filme, lançado junto ao longa de mesmo nome. Apesar de trazer a representação do ator do filme, a história aqui segue um rumo bem diferente, expandindo bastante o universo e apresentando vilões clássicos do Hulk, como Devastação, Líder e Meia-Vida — deixando claro desde cedo que não se trata apenas de uma adaptação direta do cinema. Além disso, enfrentamos soldados e até cachorros mutantes, reforçando o clima de ameaça constante.
Atendendo a pedidos, fiz uma série completa do jogo em meu canal no YouTube, onde podem ver a minha experiência completa com o jogo.
O jogo acerta bastante na jogabilidade: o Hulk possui golpes icônicos, como a palma sônica, saltos devastadores, ataques carregados, além de poder segurar e arremessar objetos do cenário. Há muitos elementos destrutíveis, o que deixa a ação divertida. Um detalhe marcante é a possibilidade de socar mísseis lançados por helicópteros, devolvendo-os contra os inimigos — algo que transmite bem a sensação de poder do personagem. Os sons dos impactos também ajudam a passar essa força bruta.
Momentos de destaque incluem o uso da habilidade de salto do Hulk para trocar de cenário, lembrando diretamente as cenas do filme em que ele atravessa o deserto com pulos gigantes. O sistema de combate conta ainda com uma barra vermelha que, ao ser preenchida derrotando inimigos, permite desferir um golpe especial devastador.
Curiosamente, o jogo não se limita ao Hulk. Também controlamos o Bruce Banner em fases furtivas, nas quais é preciso avançar sem ser visto. Caso a barra de estresse do Banner se esgote, ele começa a se transformar em Hulk e a missão é automaticamente perdida. Nessas fases, Banner pode hackear computadores, abrir portas e interagir com sistemas, oferecendo uma boa variação de jogabilidade.
Visualmente, o jogo chama atenção: embora traga a semelhança com o ator do filme, o estilo gráfico é cartunizado, com cores vivas e traços que lembram quadrinhos. Há até easter eggs divertidos, como prédios exibindo o logo da Universal, produtora do filme.
As batalhas contra chefes merecem destaque, pois exigem paciência e estratégia, sendo o chefe final especialmente desafiador e até frustrante. O jogo é dividido em fases e, apesar de algumas serem bem elaboradas, outras acabam sendo assustadoramente curtas, o que causa certo estranhamento.
No geral, Hulk (2003) é um jogo divertido, mas sofre com a repetição. A campanha passa a sensação de estar sempre correndo atrás dos vilões principais, enfrentando ondas de inimigos menores — muitas vezes em quantidade exagerada — sem trazer grande evolução ou sensação de progresso. É curto, cansa em certos momentos, mas consegue entregar bons momentos de destruição e aquela experiência única de controlar o Gigante Esmeralda.
Nota final: 6/10
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