Peter Jackson's King Kong é mais um jogo baseado em filme da época do PS2, mas, diferente de muitos, é um título que realmente surpreende. Tive o prazer de jogar ele pela primeira vez em uma série completa no meu canal no YouTube, e posso dizer sem exageros que foi uma das maiores surpresas que já tive jogando um jogo pela primeira vez. Sempre muito pedido, resolvi dar uma chance, e que jogo!
Antes de qualquer coisa, uma curiosidade: é possível ativar a mira e o inventário na tela através das opções do menu principal. Isso muda bastante a experiência, e percebi que muita gente sequer sabia dessa função. Por padrão, o jogo vem sem essas informações visíveis, deixando a tela limpa e aumentando ainda mais a imersão e a tensão — afinal, você não sabe sempre o que está carregando consigo.
O jogo intercala algumas cenas do filme para contextualizar em que ponto da história estamos. Controlamos Jack Driscoll e exploramos a Ilha da Caveira, que funciona quase como um personagem à parte, de tão viva, detalhada e cheia de surpresas. O jogo é em primeira pessoa e coloca o jogador diante de inimigos enormes, como lacraias e morcegos gigantes, que rendem sustos memoráveis. Mas os grandes destaques são os dinossauros, que protagonizam embates intensos e divertidíssimos.
O arsenal inclui pistola, escopeta, sniper e munições que chegam em caixas lançadas pelo Eaglehorn, o avião que sobrevoa a ilha. Além disso, uma das mecânicas mais interessantes é o uso das lanças: elas podem ser arremessadas nos inimigos ou incendiadas para queimar vegetação e liberar caminhos. Há também momentos em que precisamos explorar os cenários em busca de peças e objetos para prosseguir, adicionando variedade ao gameplay.
Outro detalhe marcante é a interação com os aliados. Você pode ficar sem munição e pedir armas emprestadas, e precisa proteger seus companheiros — se eles morrerem, você falha e deve recomeçar do ponto anterior. Isso adiciona urgência às batalhas e aumenta a imersão.
Os gráficos são belíssimos para a época, extremamente detalhados, e os atores do filme estão muito bem representados, com inúmeros diálogos e interações ao longo da jornada. A ilha transmite a sensação de estar viva, cheia de criaturas e perigos a cada canto. Em alguns momentos, testemunhamos até confrontos entre os próprios monstros, o que ajuda a expandir o universo do filme de forma incrível.
E a grande surpresa: em certas partes, jogamos como o próprio King Kong! Nessas seções, a perspectiva muda completamente, com embates épicos contra dinossauros e trechos de exploração se balançando pela selva. Para completar, o jogo ainda traz um final alternativo em que King Kong sobrevive — todo esse conteúdo, inclusive, está registrado no meu canal.
No fim das contas, considero Peter Jackson’s King Kong um dos melhores jogos baseados em filme, e até mesmo um dos melhores da geração PS2. Ele entrega momentos marcantes, jogabilidade excelente, imersão em primeira pessoa e uma ambientação inesquecível. Eu não conhecia esse jogo, mas fui completamente pego de surpresa. Sem dúvida, vale muito a pena jogar.
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