Review do jogo Max Payne

Max Payne é um daqueles jogos que marcam época. Lançado em 2001, ele revolucionou o uso do bullet time — a famosa câmera lenta — nos videogames. Enfrentar inimigos saltando e atirando enquanto o tempo desacelera continua sendo extremamente divertido até hoje, e essa mecânica se tornou um dos maiores símbolos do jogo.

A movimentação é fluida e responsiva, transmitindo total controle ao jogador. É aquele tipo de game em que, quando você morre, sente que a culpa foi sua. O próprio design coloca o jogador em situações que testam a mobilidade, como passar por locais estreitos ou se equilibrar em superfícies, apenas para mostrar o quanto o sistema é refinado.

O jogo tem momentos desafiadores, que incentivam o uso constante do sistema de salvar e carregar. É comum repetir várias vezes uma mesma seção, ajustando a estratégia até passar de forma mais eficiente. Após derrotar um grupo difícil de inimigos, salvar se torna quase obrigatório.

As batalhas contra os chamados “chefes” — inimigos mais resistentes com muito mais HP — também são marcantes, exigindo cuidado e paciência para derrotá-los.

A vida é gerenciada com o uso de analgésicos, que devem ser administrados com sabedoria. Eles são encontrados em armários, mesas, estantes e até dentro de caixas que podem ser quebradas. Essa limitação aumenta a tensão nos combates, já que o jogador precisa escolher bem quando se curar.

Outro detalhe que contribui para a imersão é a interatividade com o cenário. É possível ligar chuveiros, abrir torneiras, usar máquinas de refrigerante, tocar pianos e interagir com outros objetos — algo raro para a época.

Max Payne é um protagonista carismático e marcante, que age quase como um poeta noir, sempre narrando a situação de forma reflexiva e com frases impactantes. Suas expressões faciais — assim como as dos demais personagens — são engraçadas e únicas, já que os modelos foram feitos a partir de fotos reais dos atores.

A narrativa é contada principalmente através de painéis de histórias em quadrinhos, também com fotos dos atores, criando um visual distinto e memorável.

A versão de PC — que foi a jogada para este review — possui dublagem em português, que é ao mesmo tempo marcante e divertida, com frases que ficam na memória como “É o Max!” ou “Acertem o cretino!”. Essa localização dá um charme especial à experiência.

Max Payne conta com personagens marcantes, boa duração de campanha e um arsenal variado de armas que mantém o combate dinâmico. É um jogo que envelheceu muito bem e que continua divertido de rejogar, seja para reviver a história, seja para aprimorar as estratégias de combate. Com o passar do tempo, é o tipo de título que dá vontade de revisitar.

Nota final: 9/10

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