Review do jogo Ratatouille

Ratatouille é mais um jogo baseado no famoso filme da Disney Pixar, e nele assumimos o controle do protagonista Remy, o talentoso rato cozinheiro.

Assim como no filme, o jogo trabalha bastante a habilidade do Remy em identificar alimentos, distinguindo os estragados dos bons. Ao longo da aventura, coletamos diferentes tipos de comida — muitas vezes sobras de maçãs e outros ingredientes — que também funcionam como guias, indicando para onde devemos ir. Uma das mecânicas mais divertidas é o faro do Remy, que pode ser ativado para mostrar o próximo alimento a ser coletado e, consequentemente, a direção a seguir.

Remy possui várias habilidades de movimentação: pode pular, se pendurar em poleiros, se equilibrar em cordas, correr em quatro patas, usar objetos do cenário como ferramentas e até como armas. Latinhas servem para alcançar lugares mais altos, colheres podem ser usadas para atacar, mini guarda-chuvas de coquetel permitem planar, caixas funcionam como esconderijo, e em alguns momentos é possível até se equilibrar em cima de uma bola — frequentemente a famosa bola da Pixar, um ótimo easter egg.

O jogo conta também com interações interessantes com personagens do filme, como o irmão do Remy e, principalmente, Linguini. Nessas partes, aparecem minigames de culinária, onde Remy o ajuda a preparar pratos escolhendo os ingredientes corretos até a finalização.

Um dos cenários mais marcantes é o restaurante do Chef Gusteau, amplo, cheio de detalhes e com vários obstáculos — como bocas de fogão acendendo, lagostas atacando e muito mais. Também há momentos tensos de perseguição, em que o chefe do Linguini tenta capturar Remy, obrigando o jogador a correr desviando de obstáculos.

O título traz uma boa variedade de colecionáveis, entre eles uma garrafinha de pimenta que explode após um tempo. Já os menus são um charme à parte, inspirados em menus de restaurantes, e reforçam o clima da história. Outro ponto positivo é a forma como o jogo transmite a sensação de escala: por ser tão pequeno, Remy está sempre cercado por cenários enormes e cheios de detalhes, o que ficou muito bem feito.

Entre os momentos marcantes estão as fases nos esgotos, onde o rato escorrega por canos e explora o lar dos ratos, que pode ser expandido e modificado conforme coletamos itens, comidas e estrelas. Há também a missão memorável da feira, onde é preciso coletar ingredientes para que Linguini consiga cozinhar seus pratos no restaurante.

Um grande diferencial na minha experiência foi jogar a versão dublada em português do Brasil — dublagem oficial que vinha na edição física de PC lançada no Brasil, mas que fãs adaptaram também para PS2 e GameCube. Vale dizer que as versões de Xbox 360 e PS3 são bem diferentes da que descrevo aqui.

Outro aspecto criativo são os momentos de sonho do Remy, fases especiais onde ele imagina cenários temáticos baseados em comida: massas, doces e muito mais, sempre em um clima fantasioso.

No geral, Ratatouille é uma experiência divertida e cheia de variedade, mas que pode se tornar repetitiva e até cansativa em alguns trechos, principalmente por conta da repetição de certas mecânicas e alguns inimigos. Ainda assim, seus pontos altos se sobressaem, tornando-o um jogo que vale a pena conferir — especialmente para os fãs do filme.

Nota final: 7/10

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