Agora vou falar sobre o jogo Woody Woodpecker: Escape from Buzz Buzzard Park. Quando criança, eu assistia muito aos desenhos do Pica-Pau na TV Record, e lembro de ter ficado muito surpreso ao ver esse jogo sendo comercializado na época de ouro do PS2. O jogo é bem bonito, colorido, e o Pica-Pau está muito bem representado visualmente. Como o próprio nome já indica, o grande vilão da aventura é o Zeca Urubu, clássico inimigo da animação.
De início, são 9 fases com o Pica-Pau, incluindo batalhas contra chefes, que por sinal são bem interessantes. O personagem pode pular, se abaixar, dar bicadas normais e também realizar um ataque especial ao combinar pulo + bicada, avançando contra os inimigos com o bico. Esse golpe pode até ser repetido várias vezes em sequência, funcionando como uma espécie de combo quando há vários inimigos próximos. Também há uma habilidade especial limitada, que pode ser coletada durante as fases e faz com que todos os inimigos na tela sejam derrotados.
E falando em inimigos, são muitos os “minions” do Zeca Urubu — geralmente aquele pássaro amarelo que aparecia nos desenhos ao lado dele. Há variações deles tanto no visual quanto na forma de ataque: alguns atiram, outros partem para a briga, e suas roupas mudam de acordo com o tema da fase.
Mas o maior desafio não está apenas nos inimigos, e sim nos cenários: cheios de obstáculos, lasers, plataformas traiçoeiras, bombas e até raios. Apesar da aparência de jogo infantil, este título é extremamente difícil — talvez sua característica mais marcante. É muito fácil morrer, e as vidas coletadas se esgotam rapidamente. Por isso, dificilmente uma criança conseguiria ir muito longe, o que pode ser frustrante.
Outro detalhe curioso é a presença de um caça-níquel, algo inusitado para um jogo com visual e personagens infantis. Ele fica logo no início do parque do Zeca Urubu (que serve como hub de seleção de fases) e permite gastar os cifrões coletados nas fases para tentar a sorte: ganhar vidas, perder ou não conseguir nada.
As fases funcionam como atrações do parque: as duas primeiras têm temática espacial, as três seguintes são piratas e as quatro últimas se passam em uma casa dos horrores. O nível de dificuldade vai aumentando gradualmente. A história inicial mostra o Pica-Pau partindo em busca de salvar seus sobrinhos, sequestrados pelo Zeca Urubu.
E aí vem a grande surpresa: depois de concluir as 9 fases com o Pica-Pau, passamos a jogar com seus sobrinhos Toquinho e Lasquita, em mais 6 fases para cada um. Embora os cenários sejam os mesmos, os desafios ficam ainda mais difíceis, incluindo fases em que eles andam de skate desviando de obstáculos. O diferencial é que cada sobrinho possui habilidades próprias — especialmente no pulo, que permite alcançar áreas onde o Pica-Pau não chegaria.
No meu canal no YouTube consegui finalizar o jogo por completo. Foi desafiador, com muitos momentos de rage, mas também muito divertido. Ainda que seja um jogo marcante e nostálgico, ele tem seus pontos fracos: o controle dos personagens não é tão bom, há excesso de elementos tentando matar o jogador e os cenários, apesar de criativos, não têm relação direta com o desenho, o que às vezes dá a sensação de que qualquer outro personagem poderia estar no lugar do Pica-Pau.
Apesar disso, é um jogo que me diverte bastante até hoje. Para quem gosta de jogos de plataforma 3D, vale a pena conferir, mesmo com toda a sua dificuldade.
Nota final: 6,5/10
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