O PlayStation 2 marcou uma era em que os jogos começaram a se tornar verdadeiras experiências cinematográficas, com histórias extensas, mundos vastos e dezenas — às vezes centenas — de horas de conteúdo. Embora o console da Sony tenha recebido milhares de títulos, alguns se destacaram pela longevidade, exigindo dedicação e paciência para serem completados. Nesta lista, vamos explorar os jogos mais longos do PS2, tanto em duração de campanha quanto em conteúdo extra.
Um dos mais conhecidos é Final Fantasy XII, o épico da Square Enix lançado em 2006. Ambientado no mundo de Ivalice, o jogo é famoso por sua história longa, cheia de política e intrigas, além de um sistema de batalhas em tempo real inovador para a época. Só a campanha principal leva em média 60 a 70 horas, mas quem busca completar tudo — caçadas, espers secretos e missões secundárias — pode facilmente ultrapassar 150 horas de jogo.
Outro gigante em duração é Persona 3 FES, que chegou ao PS2 como uma versão expandida do aclamado RPG da Atlus. Misturando elementos de vida escolar, relacionamentos e exploração de masmorras, o jogo exige mais de 100 horas para completar apenas a história principal. Com o modo extra “The Answer”, essa marca pode dobrar, tornando-o um dos RPGs mais longos e profundos do console.
Dragon Quest VIII: Journey of the Cursed King também merece destaque. Considerado por muitos o auge da franquia no PS2, o RPG oferece um mundo aberto gigantesco, dezenas de cidades, segredos e monstros para capturar. A campanha principal passa facilmente das 80 horas, com uma trilha sonora orquestrada e gráficos cel-shaded que ainda impressionam.
Os fãs de ação e exploração também encontraram longas jornadas em Grand Theft Auto: San Andreas. O jogo da Rockstar não apenas trouxe três grandes cidades interconectadas, mas também uma infinidade de atividades paralelas — academias, corridas, territórios de gangue, namoro, personalização e mais. Completar tudo no jogo pode levar mais de 120 horas, dependendo do ritmo do jogador.
Outro título com duração impressionante é Disgaea: Hour of Darkness, o RPG tático da Nippon Ichi conhecido por seu humor peculiar e pela profundidade absurda de seu sistema de progressão. Tecnicamente, o jogador pode atingir o nível 9999 e passar centenas de horas enfrentando desafios opcionais e explorando o “Item World”, o que torna Disgaea praticamente infinito em termos de conteúdo.
Para os fãs de ação e hack and slash, Devil May Cry 3: Dante’s Awakening pode não parecer tão longo em sua história principal (cerca de 15 horas), mas é um dos jogos mais repletos de modos extras. Jogar novamente em dificuldades maiores, desbloquear Vergil e alcançar o rank S em todas as missões pode facilmente levar mais de 80 horas de dedicação.
Outra maratona notável é Xenosaga Episode I: Der Wille zur Macht, o primeiro capítulo da trilogia da Monolith Soft. Esse RPG é conhecido por suas longas cutscenes — algumas ultrapassando uma hora — e uma história densa e filosófica. Completar os três episódios da série pode ultrapassar 200 horas, tornando-a uma das experiências mais longas do PS2.
Jogos como Suikoden V e Shadow Hearts: Covenant também entram na lista dos RPGs de longa duração, cada um oferecendo de 60 a 90 horas de gameplay com múltiplos finais, sidequests e personagens recrutáveis.
Mesmo fora dos RPGs, o PS2 tinha títulos gigantescos. Gran Turismo 4, por exemplo, levava os fãs de corrida a um verdadeiro teste de resistência. Com centenas de carros, pistas e licenças para conquistar, o jogo podia facilmente consumir mais de 200 horas se o jogador quisesse completar 100% da campanha.
Outro exemplo é Kingdom Hearts II, que combinava ação, RPG e narrativa emocional. A jornada de Sora (voz de Haley Joel Osment) através dos mundos da Disney e da Square Enix rendia mais de 50 horas de história, podendo chegar a 100 horas com todas as sidequests, minigames e chefes secretos.
Por fim, vale citar Baldur’s Gate: Dark Alliance II, Rogue Galaxy, Shin Megami Tensei: Nocturne e Valkyrie Profile 2: Silmeria, todos conhecidos por campanhas extensas e grande rejogabilidade.
O que torna o PlayStation 2 especial é que, em uma época sem troféus nem listas online de progresso, esses jogos já ofereciam profundidade e conteúdo comparáveis a grandes RPGs modernos. Eles desafiavam o jogador a se perder em mundos complexos e recompensadores, onde cada batalha e cada diálogo tinham peso.
Hoje, ao revisitar esses títulos, muitos percebem o quanto o PS2 foi um marco de dedicação e imersão — uma era em que os jogos longos não eram exceção, mas sim uma celebração da paciência e do amor pelos videogames.

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