O jogo Despicable Me: The Game é um jogo focado em puzzles baseado no filme Meu Malvado Favorito, sendo mais um dos muitos jogos inspirados em filmes da época do PS2. Apesar de ter jogado quando eu era mais novo, ainda não havia tido a experiência de finalizá-lo. No meu canal no YouTube, fiz uma série completa do jogo, finalizando-o pela primeira vez.
O jogo, ao meu ver, é muito diferente do que se pode esperar de um título baseado nesse filme, pois é um jogo de puzzles e é bem original — não lembro de ter jogado nada exatamente parecido. Nele, você controla o Gru, protagonista do filme. O jogo possui uma câmera de lado, embora tudo seja em 3D — o que muitos chamam de 2.5D.
O Gru possui quatro tipos de armas diferentes, que vão sendo liberadas com o passar do jogo. Por exemplo, uma delas tem a habilidade de congelar, útil para criar plataformas congeladas, enquanto outra possui o poder do ar/vento, servindo para mirar para baixo e ser acionada para dar pulos mais altos, entre outras funções.
E aí vêm as grandes estrelas do jogo e a parte essencial dos puzzles: os Minions. Cada fase possui um número limitado deles para serem usados, e cada um tem uma serventia específica. Por exemplo, um Minion individual pode ser congelado para gerar peso e acionar um botão, enquanto uma fileira de cinco Minions pode formar uma ponte para o Gru atravessar. O desafio está justamente na quantidade disponível, que varia de fase para fase — há momentos em que só é possível usar três ou cinco Minions, por exemplo.
Com o avançar das fases, é possível mandar um Minion voltar para reutilizá-lo em outro ponto, o que aumenta novamente a contagem disponível. À medida que o jogo progride, os puzzles vão ficando cada vez mais difíceis, e o objetivo final é sempre conseguir levar o Gru até o fim do cenário.
O jogo sabe que sua dificuldade é alta, então há uma mecânica de dicas, onde o jogo orienta o que deve ser feito para prosseguir — o que ajuda a torná-lo menos frustrante. Ainda assim, não é um jogo simples de terminar. As dicas têm uso limitado, e algumas partes exigem bastante raciocínio e precisão. Há momentos em que o jogador precisa saltar entre plataformas com o Gru, e qualquer erro pode resultar em derrota. Passar por um checkpoint sempre traz uma sensação de alívio.
Os desafios são bem variados: plataformas que precisam ser congeladas, raios laser que devem ser desativados, botões para acionar e outros obstáculos criativos. Os cenários também são bem interessantes, passando por locais como o laboratório do Gru, o banco mostrado no filme e até o lar do Vetor, inimigo do protagonista. Essa diversidade de ambientes dá uma boa sobrevida ao jogo, evitando que ele se torne repetitivo.
De vez em quando, há cutscenes para contextualizar a história, o que ajuda na imersão. Algo muito surpreendente são os momentos em que comandamos a nave do Gru, fases que são bem divertidas e quebram o ritmo dos puzzles tradicionais.
No geral, o jogo é curto, mas bem desafiador. Pode frustrar alguns jogadores pela dificuldade e por não ser exatamente o que se espera de um jogo de Meu Malvado Favorito. No entanto, para quem gosta de um bom desafio, puzzles e plataformas, vale a pena conferir.
Nota final: 6,5/10
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