Lilo & Stitch: Trouble in Paradise é mais um daqueles jogos baseados em filmes da Disney que trazem uma boa dose de nostalgia. Tive minha primeira experiência com o jogo no meu canal do YouTube, onde fiz uma série completa do início ao fim. Um dos grandes destaques é que a versão original de PC possui dublagem oficial em português do Brasil, mesmo sendo um jogo antigo. Isso permitiu que fãs portassem essa tradução para a versão de PlayStation 1, que foi justamente a que joguei durante a série.
O jogo segue a história do filme, e algo muito bacana é que entre algumas fases aparecem pequenas cenas do próprio longa, servindo para contextualizar o ponto da narrativa e preparar o jogador para o que vem a seguir. Lançado em 2002, o jogo é fortemente inspirado em Crash Bandicoot — tanto na jogabilidade quanto na estrutura das fases, no tipo de câmera e até na forma de seleção de níveis. É como se o universo de Crash tivesse recebido uma camada tropical do Havaí e a temática de Lilo & Stitch.
Até os golpes são parecidos: há o ataque no chão após saltar e a rodopiada com o Stitch, praticamente idênticos aos do Crash. Os inimigos também seguem a linha dos jogos de plataforma da época — plantas carnívoras, javalis, caranguejos —, e há chefes originais (criaturas de pedra) que adicionam desafio e variedade à aventura.
O jogo alterna o controle entre Lilo e Stitch, cada um com habilidades próprias. Lilo coleta flores, abacaxis e moedas, enquanto Stitch pega canecas de café, que servem para fazê-lo conseguir rolar, útil para derrotar inimigos e atravessar trechos mais rapidamente. Também é possível coletar discos do Elvis Presley, um toque divertido e fiel ao personagem.
Outro ponto curioso é o sistema de salvamento, feito em caixas de correio, o que dá um charme único ao jogo. Já as trilhas sonoras seguem o estilo rítmico e percussivo de Crash, com tambores e melodias havaianas que combinam perfeitamente com o clima da ilha.
Há ainda fases com visão lateral, além das clássicas corridas contra a tela, onde o jogador precisa fugir de perigos — algo que remete diretamente às perseguições do marsupial da Naughty Dog. Personagens como Nani, Sr. Bubbles e outros coadjuvantes do filme também aparecem brevemente, mantendo o espírito da animação.
Os controles são bastante precisos, o que é ótimo tendo em vista as plataformas e demais locais que se é necessário passar. Isso faz com que não sejam tão frustrantes os momentos em que você acaba perdendo/morrendo.
Apesar de ser muito curto e pouco original, o jogo é divertido e bem feito, principalmente para quem é fã de Crash Bandicoot. Ele não tenta reinventar a fórmula, mas entrega uma experiência leve, carismática e satisfatória, ideal para passar o tempo.
Nota final: 7/10
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