Barnyard, ou O Segredo dos Animais em português brasileiro, foi outro jogo baseado em filme lançado para o PS2 e outras plataformas. Na época, infelizmente, não cheguei a jogá-lo, mas devido a muitos pedidos de inscritos, fiz uma série completa do jogo em meu canal no YouTube. Inclusive, legendei todas as cutscenes para melhor entendimento de quem fosse assistir.
O jogo é separado em capítulos e começa bem no início do filme, mas com um grande diferencial: no lugar de jogarmos com o Otis ou algum outro personagem da animação, controlamos um novo animal que chega à fazenda. É possível selecionar entre macho ou fêmea, a raça do boi ou vaca, e até escolher um nome para o personagem — ou simplesmente usar o nome padrão que o jogo oferece, Archie.
E então começamos a jogar para valer. O jogo é surpreendentemente completo, com toda a fazenda do fazendeiro disponível para exploração, além de praticamente todos os personagens do filme. Visualmente, é um título bem colorido, que representa muito bem tanto os cenários quanto os personagens originais.
Com o passar do tempo, surge uma grande surpresa: o jogo é mundo aberto, permitindo explorar além da fazenda em um cenário consideravelmente grande. O progresso pode ser salvo com o Milo, o burro do universo de O Segredo dos Animais.
O título possui diversas semelhanças com GTA — tanto que algumas pessoas brincam chamando-o de “GTA das Vacas”. Há um mini-mapa, e as missões são marcadas com um símbolo de exclamação. Entre elas, encontramos desde favores e pequenas tarefas até mini-games, como fazer receitas (bolos, coquetéis, manteiga), jogar golfe, disputar um mini-game na lama pulando de um cano e muito mais.
Outra semelhança com GTA está na questão dos veículos. Com o tempo, desbloqueamos uma bicicleta, além de participar de missões com o Trio Mocotó, em que eles dirigem um carro. Aliás, andar de bicicleta é uma das partes mais divertidas do jogo.
Há também o sistema de passagem de tempo: à noite, o celeiro se transforma em um local de festa, tal qual no filme. Uma das mecânicas mais engraçadas é a possibilidade de equipar óculos escuros, o que permite ao personagem atingir pessoas e objetos com leite — algo simples, mas muito divertido.
Também existe uma loja dos roedores, onde é possível comprar itens para melhorar ainda mais as festas noturnas do celeiro. Acho engraçado como tudo lembra bastante Toy Story: os brinquedos não se mexem quando há humanos por perto, assim como os animais só andam de duas patas e aprontam suas bagunças quando o fazendeiro não está presente.
Como dito, o jogo é dividido em capítulos, acompanhando a progressão da história do filme. Um detalhe emocionante é quando, no início, podemos ouvir o Ben tocando seu instrumento à noite, tal qual no filme. Porém, quando chega o momento da sua morte, o som desaparece, gerando um clima triste e marcante.
Falando em músicas, elas são ótimas: criam um clima rural aconchegante e tranquilo, perfeito para simplesmente explorar o cenário sem pressa.
Há também muitos colecionáveis, desde ingredientes para receitas com o Porco até moedas usadas para adquirir itens.
No fim, Barnyard é um jogo surpreendentemente divertido. Criei muito carinho por ele: já gostava bastante do filme, mas hoje posso dizer que gosto também do jogo. Vale muito a pena jogá-lo — ele capta perfeitamente o clima doido da animação e oferece uma ótima experiência para passar o tempo explorando, completando mini-games, fazendo todas as receitas e deixando o celeiro cada vez mais completo.

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