Review do jogo Max Payne 2: The Fall of Max Payne

Max Payne 2: The Fall of Max Payne foi lançado para várias plataformas, mas minhas experiências de finalização foram no PC. Uma vantagem dessa versão é a possibilidade de instalar uma tradução feita por fãs, que deixa o jogo legendado em português do Brasil. Infelizmente, diferente do primeiro título, ele não conta com dublagem em português, o que considero uma perda significativa para a imersão. Fiz, inclusive, uma série completa dele no meu canal no YouTube.

O jogo segue a mesma linha do primeiro, mantendo a icônica e excelente mecânica de câmera lenta — ainda tão divertida e satisfatória quanto antes. A novidade é a finalização da cena em câmera lenta, quando o personagem recarrega a arma de forma cinematográfica. Os analgésicos continuam sendo essenciais para a sobrevivência, encontrados em diversos pontos do cenário. E, como no antecessor, salvar o jogo constantemente é fundamental: cada combate é desafiador, exigindo tentativa, erro e estratégia para avançar.

A narrativa continua sendo contada por meio de quadros em estilo graphic novel, um charme característico da série. Mona Sax, apresentada no primeiro jogo, tem presença marcante e serve como interesse amoroso de Max. A grande surpresa *spoiler* é a possibilidade de jogar com ela em alguns trechos, com movimentos únicos e muito bem implementados.

A jogabilidade, no geral, é excelente e fluida, transmitindo total controle das ações do personagem. O arsenal de armas é vasto e variado, e a quantidade de inimigos mantém o ritmo sempre intenso. Os cenários continuam visualmente interessantes, com alguns locais do primeiro jogo reaparecendo, como a Boate Ragna Rock, agora reformada e bem diferente. A física do sobretudo de Max está mais realista, e o protagonista mantém seu lado poético, alternando reflexões profundas com comentários sarcásticos e bem-humorados.

O jogo mantém elementos marcantes da franquia, como os programas de TV bizarros (incluindo as histórias do Capitão Menino Taco de Beisebol) e diversos itens interativos espalhados pelos cenários. A música clássica do primeiro jogo segue firme, assim como alguns efeitos sonoros, gerando nostalgia e reforçando a identidade sonora da franquia.

Uma mudança que me desapontou foi a troca do ator que interpreta Max Payne. Gostava muito do intérprete original, e senti falta dele. Ainda assim, a história é sólida, repleta de personagens conhecidos do primeiro jogo, e mantém o clima noir e o tom trágico característico da série.

Sobre rejogabilidade, confesso que não senti o mesmo ímpeto de voltar a jogá-lo tantas vezes quanto o primeiro — em parte pela ausência da dublagem —, mas é inegável que estamos falando de um título de altíssima qualidade. No fim, Max Payne 2 é aquele típico caso de “mais do mesmo”, mas aqui isso é excelente. Ele é tão bom quanto o primeiro, trazendo personagens carismáticos, narrativa envolvente, jogabilidade refinada e toda a atmosfera que fez do original um sucesso. Até hoje, continua sendo um jogo extremamente divertido e totalmente recomendado para quem ficou com aquele gostinho de quero mais após o primeiro.

Nota final: 8,5/10

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