The Simpsons Game é daqueles jogos que, na época de ouro do PS2, parecia estar em todo lugar para vender. Com uma capa chamativa, muitos acabavam levando para casa por curiosidade ou por serem fãs da série. Confesso que, na época, joguei muito pouco. Mas recentemente tive a experiência de zerá-lo por completo no meu canal do YouTube, jogando a versão de PS2. Ao longo da série, fiz questão de legendar todas as cutscenes em português do Brasil via edição de vídeo, permitindo que todos pudessem acompanhar a história.
Falando nas cutscenes, elas são apresentadas no formato 2D, exatamente como no desenho animado, o que dá uma imersão enorme para os fãs. O jogo é recheado de easter eggs e referências não só à série, mas também ao mundo dos videogames, incluindo paródias e críticas divertidas à própria indústria. A história abraça o humor característico dos Simpsons, com diálogos engraçados, piadas visuais e situações absurdas. Em alguns momentos, o jogo quebra a quarta parede e interage diretamente com o jogador, algo que só aumenta o charme.
O jogo é dividido em fases, geralmente com dois personagens jogáveis. Cada um deles tem habilidades únicas que precisam ser combinadas para resolver puzzles e avançar. Por exemplo, Bart pode se transformar no Bartman para planar ou escalar, enquanto Homer pode virar uma enorme bola destrutiva. Até Maggie, a bebê da família, é jogável em certos momentos. Essa mecânica de cooperação entre personagens dá um toque estratégico, especialmente em puzzles mais elaborados.
Os gráficos no estilo cartoon são bonitos e, em alguns momentos, chegam a se confundir com o desenho original. Os cenários são variados e incluem locais icônicos, como a casa dos Simpsons, ruas de Springfield e ambientes inspirados em episódios famosos. Porém, um ponto negativo fica para a quantidade de inimigos — eles aparecem demais e, muitas vezes, atrapalham a exploração. Devido ao número de inimigos, não é raro morrer ou ver o parceiro controlado pela IA “desmaiar” temporariamente. Além disso, a câmera pode causar frustração em alguns trechos.
A jogabilidade é simples, mas funcional. Há colecionáveis espalhados pelas fases, que aumentam a duração da experiência para quem gosta de explorar. O jogo também registra o tempo que você leva para completar cada fase, incentivando a rejogabilidade para tentar bater seus próprios recordes.
Outro detalhe interessante é que, embora seja divertido por si só, quem é fã da série vai aproveitar muito mais as piadas, referências e cenários. A versão de PS2, que joguei, é diferente das versões de PS3 e Xbox 360, especialmente no quesito gráfico e no design de algumas fases, mas ainda assim oferece uma experiência sólida e divertida.
As músicas são simples, mas cumprem o papel, com algumas faixas fazendo referência direta a trilhas do desenho. No geral, The Simpsons Game é um jogo bem-humorado, recheado de referências e ideal para fãs da série e de aventuras leves com puzzles. Não é perfeito, mas é memorável para quem viveu a era do PS2.
0 Comentários